domingo, 19 de agosto de 2012

Como se conserta uma vida inteira?

Passei quatro meses sem facebook. O quê?! Isso, quatro meses. Então, quando já estava desacostumando, voltei. E agora já viu, não é... qualquer brecha no tempo, vou lá e dou uma espiada. Como sempre, encontramos muita coisa legal, mas também tantas outras inúteis...
Neste momento, porém, a minha intenção não é em falar sobre redes sociais. Citei o facebook porque agora a pouco, vi e respondi a uma publicação que me deixou bem intrigada. “Como consertar uma vida inteira?”, uma amiga do face postou. Aí, pensei: Como? Também quero saber!
Não que eu tenha me arrependido de tudo o que fiz na vida até hoje. E nem que eu ache que só fiz besteira, não mesmo. Isso seria bárbaro demais. Só que algumas coisas que aconteceram no passado mereciam um remendo, um conserto, um estica e puxa... oh, se mereciam! Certas vezes, fico pensando que iria ser tão bom se o tempo voltasse... mas, ao mesmo tempo, bem ruim... pois toda hora apertaríamos o ‘pause’ e voltaríamos para arrumar o que estivesse fora do lugar... seria tudo perfeitinho demais, não?!
Talvez o ‘consertar a vida’, aqui, tenha um aspecto mais introspectivo, emocional, e não tão concreto. Quem nunca viveu um momento que marcou demais e para sempre? Creio que todo mundo. Tem coisas que acontecem e  penetram tanto na alma, que se tornam o selo, o carimbo da nossa vida.  Pode ser um filho que nasce, um grande amor, uma conquista profissional, o primeiro carro. Só que fatos ruins também podem marcar demais... e é exatamente nessa hora que o reparo entra! É como se o “consertar uma vida inteira” significasse “transformar esse fato tão marcante da minha vida”.
Mas, e aí? Existe solução? Tem como? Hum... sinceramente, acho que não. Infelizmente, é impossível modificar o passado. E, se é assim, o que sobra então? Sobra a preocupação com o presente. E com o futuro, talvez. Sem retrocessos, sem voltas. Às vezes, o que se vive agora toma uma proporção maior e mais agradável que faz você se desapegar da vontade de querer mudar aquilo que te marcou lá atrás, a “tua vida inteira”...
Ou, quem sabe, a tua vida inteira ainda nem começou... 

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